RESENHA CRÍTICA DO FILME "007
- CASSINO ROYALE"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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007 - CASSINO ROYALE - (Foto Divulgação)
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007 - CASSINO ROYALE
Crítica - 007 - CASSINO ROYALE -
Acabou-se o suspense, o vigésimo primeiro filme do
agente mais charmoso e mortal do cinema dá as caras,
“007- Cassino Royale” chega como uma promessa de dar
um novo fôlego a série, e consegue.
A primeira a grande discussão do filme aconteceu com
o anuncio de que Pierce Brosnan, que para muitos era
o melhor dos Bonds, não viveria mais o agente. As
especulações começaram, e mesmo no fim, com a
apresentação de Daniel Craig, de “Munique”, para o
papel, ela não acabou, os fãs começar a esbravejar
palavras de ódio, “ele é muito baixo”, “onde já se
viu, ele é loiro”, “mas o cara é feio” e por ai foi.
Mas uma garantia, a hora que você sair do cinema,
vai concordar comigo, Craig é o homem para o papel,
e com certeza um dos melhores Bonds, para mim só
perde para Sean Connery.
O novo ator, desbanca o resto com um fator, o fator
qualidade, e faz com que seu 007 seja novo, seja
único, criando um personagem, forte, charmoso, cheio
de nuances e mais que qualquer coisa humano, como
nenhum outro foi.
Essa humanização do personagem não veio sem querer,
o próprio roteiro escrito, entre outros roteiristas,
por Paulo Haggins, que ganhou o Oscar por “Crash”,
mostra o agente em seus primeiros dias como “00”
(com licença para matar), cheio de dúvidas, ainda
sem toda a classe e estilo dos outros filmes, meio
cru, cometendo erros, agindo com o coração, querendo
mostrar serviço, e levando as últimas conseqüências
a tal licença, isso mesmo, James Bond passa por cima
de tudo e todos sem muita pena.
E Daniel Craig se encaixa perfeitamente nisso tudo,
com muita versatilidade, ele cria um James Bond que
não fica nada atrás de nenhum desses outros agentes
atuais do cinema e da TV, cria um personagem sem
frescura, no qual você acaba se apegando, ele não
está sempre composto e pronto para mais um
dry-martini, ele se suja, fica cansado, apanha e se
apaixona, ele se aproxima mais de nós mortais, e
isso é gostoso de ver.
Baseado no primeiro livro do agente, escrito por
seus criador Ian Flemming, o filme é um banquete
para os fãs, ali na sua frente você realmente vê a
gênese de um mito, como tudo começou, seu primeiro
Aston Martin, seu primeiro Dry-Martini, seu primeiro
“Bond, James Bond”, seu primeiro vilão, sua primeira
paixão, sua primeira execução.
Mas não espere tudo isso naquela velha embalagem, o
diretor Martin Campbell, que já tinha assinado
“Gondeneye” coloca o filme com os dois pés no chão,
nada de pulos de avião, carros na água e as famosas
geringonças, o diretor faz um filme de tirar o
fôlego, literalmente, a seqüência da primeira
perseguição à pé, é algo que já vai ficar para
história da franquia, está ai um diretor que sabe
muito bem criar cenas de ação.
Campbell ainda não tem medo de transformar “Cassino
Rayale” no filme mais violento da série, as duas
primeiras mortes do filme, em preto e branco são um
ótimo exemplo, sem pestanejar o diretor faz o agente
espancar um vilão e ainda atirar a sangue frio em
outro, além de uma belíssima seqüência, já mostra
ali o que se pode esperar do resto do filme.
E o melhor de tudo, é que quando o filme não esta
com a adrenalina a mil, ele não perde o rumo, não
esquece que tudo se trata de um filme de espionagem,
e consegue carregar muito bem o suspense, sem perder
as reviravoltas e o ritmo.
Mas e o vilão? Filme do 007 tem que ter um vilão a
altura e nesse caso Lê Chiffre não faz nada feio,
interpretado por Mads Mikkelsen, um tipo de
banqueiro de grandes traficantes e criminosos,
desponta dos outros vilões da série, nada de dominar
o mundo, ele só quer sua parte nos juros, um sinal
dos tempos onde o dinheiro fala mais alto.
Das caras mais conhecidas, a única volta é a de Judi
Dench como M, em mais um ótimo trabalho, pros mais
afixionados ainda fica a impressão de já ter visto
em algum lugar o agente da CIA Felix, que já
apareceu em alguns filmes da série, mas pela
primeira vez é representado por um negro, o ótimo
Jeffrey Wright, em uma pequena, mas ótima
participação.
“Cassino Royale” é um ótimo jeito de apresentar o
personagem para uma nova geração, e com certeza vai
ser um tiro na mosca para quem já é fã.
Gênero: Ação
Duração: 154 min.
Distribuidora: Sony Pictures Entertainment
Direção: Martin Campbell
Roteiro: Paul Haggis, Neal Purvis, Robert
Wade
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Cena do filme
007 - CASSINO ROYALE - (Foto Divulgação).
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
vvinicius@hotmail.com
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