RESENHA
CRÍTICA DO FILME
"A PELE"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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A PELE
- (Foto Divulgação)
CRÍTICA - A PELE - Diane Arbus
(1923-1971) foi uma das mais importantes fotógrafas
americanas. Retratista, tinha como alvo, o que a
sociedade considerava fora dos padrões estéticos.
Seus protagonistas viviam no gueto, á margem, e a
preocupação de Diane era justamente retratar o que
havia por trás da máscara que a pessoa ostentava.
Suas dores, angústias e frustrações.
Antes de romper com as obrigações domesticas, era
ajudante do marido, este sim um fotografo, de
anúncios publicitários. Era uma espécie de
assistente de produção e responsável pelo figurino
que as modelos usavam nas fotos. Mãe de duas garotas
e entediada com seu casamento (mulheres entediadas
sempre rendem bons argumentos) decide começar a
fotografar o misterioso vizinho do andar de cima.
Logo no inicio do filme o diretor Steven Shainberg
(Secretária – 2003) avisa que se trata de uma
história fictícia criada a partir da biografia da
artista, escrita por Patrícia Bosworth. Tal
informação o livra das cobranças de fazer um retrato
fiel de Diane. Porém sua fantasiosa versão para o
mundo da fotografa não agradou a crítica americana.
Creio que se você embarcar na história, poderá
usufruir de um filme instigante, no meio de tanta
obviedade nos cinemas. A Pele (Fur – 2006) é uma
tentativa de sair da rotina, assim como sua
protagonista.
Ao se envolver com o vizinho Lionel (Robert Downey
Jr) que sofre de uma doença rara, que o faz ter
pêlos por todo o corpo, Diane começa a ver beleza,
onde normalmente não se veria. O contato dos dois,
lembra o mesmo argumento do filme da Disney, A Bela
e Fera. Só que o foco aqui é outro. Por trás daquele
monte de pêlo, Diane ira descobrir (pasmem) uma
pessoa. Não há feitiço, apenas uma doença que serve
como metáfora para todos os pré-conceitos e estigmas
que há na civilização.
Ver Diane tentando introduzir o amigo em seu
ambiente familiar, mostra o quão a artista ficou
seduzida pelo diferente. Acostumada á beleza óbvia
das fotografias do marido, Diane vai para o outro
extremo e procura o conceito de beleza, em lugares
onde teoricamente não há o conceito do belo.
O filme é isso, uma viagem particular do diretor
pelo universo – digamos – caótico de Diane. Há
beleza no filme de Shainberg, em partes pela própria
Nicole Kidman ou nas metáforas construídas no filme.
É para ser “lido” nas entrelinhas. O fato do marido,
deixar a barba crescer, para competir com o vizinho
peludo, mostra a tentativa de salvar o casamento que
se abalará com a ausência da mulher. Esta é apenas
uma das sutilezas contidas no filme. Arrisque-se!
Duração: 119 minutos
Pais: EUA
Ano: 2007
Distribuidora: PlayArte
Diretor: Steven Shainberg
Produtor: William Pohlad , Laura Bickford ,
Bonnie Timmermann , Andrew Fierberg
Elenco: Nicole Kidman , Robert Downey Jr. ,
Jane Alexander , Emmy Clarke , Harris Yulin
Roterista: Erin Cressida Wilson
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Crítico: Rodolfo Lima
- Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail:
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