RESENHA
CRÍTICA DO FILME
"A
GRANDE FAMÍLIA"
por Keila Vieira -
Fotojornalista, colaboradora e crítica de cinema -
keila.vieira@ig.com.br
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A GRANDE FAMÍLIA
- (FOTO DIVULGAÇÃO)
A GRANDE FAMÍLIA
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CRÍTICA - A GRANDE FAMÍLIA:
Filmes baseados em séries Televisivas não são
decepcionantes, principalmente se já possuem
qualidade como é o caso da Grande Família. É como se
você estivesse vendo a série - e isso será o pior
que pode acontecer. Já notava melhorias no cenário
carioca há algum tempo, enquanto acompanhava a saga
dessa família pela televisão. Foram aprimoramentos
em detalhezinhos que não me fizeram ter surpresas
quanto à promoção do longa, embora tenha ficado
surpresa com o aumento do volume dos seios de
Marilda (Andréa Beltrão), uma atribuição que,
diga-se de passagem, é considerável para a
personagem.
A Grande Família, dirigido por Maurício Farias,
pecou muito na abertura, porque a creditagem de cada
episódio sempre foi de grande excelência em sua
originalidade e tanto no começo quanto no fim somos
surpreendidos com algo quase tosco. E da mesma
forma, o roteiro em três versões para a mesma
história tornou-se cansativo. Porém, conhecemos a
maneira com que Lineu (Marco Nanini) conquista a
mulher que seria a mãe de seus filhos. O personagem
que sempre fez tudo certinho um dia passou a perna
em alguém, no suposto acompanhante de baile de Nenê
(Marieta Severo), conseguindo substituí-lo para o
resto da vida. E eles continuam a freqüentar o mesmo
baile até a comemoração dos 40 anos de namoro e até
que a morte os possa separar ao mais-ou-menos
ex-namorado (Paulo Betti) que ressurge no meio da
vida do casal.
É de se considerar que a série sempre foi
tipicamente carioca e tenho a teoria de que pessoas
que não moraram ou visitaram o Rio de Janeiro nunca
sentiram o que é se confrontar com um personagem
como Agostinho Carrara (Pedro Cardoso). E ele é a
melhor coisa do filme pela sua malandragem
intrínseca. Desde o momento em que ele rouba um saco
de biscoitos do supermercado até os conselhos que dá
ao sogro para justificar uma suposta traição.
A escolha da música "Outra vez" de Roberto Carlos
para os dois momentos de rompimento de Nenê e Lineu
conseguiu dar um clima perfeito para a composição da
cena, pois sem dúvidas o cantor combina com o ar um
tanto kitch do cenário em que vive a Grande Família.
Adoro a jarra em forma de abacaxi que é servida na
casa de Nênê. E, tive a impressão de conseguir
observar mais características dos espaços onde vivem
e trabalham os personagens, embora não exista um
momento que fique explícito o bairro da zona norte
carioca. Os modelos de corte de cabelo colados na
parede do salão de Marilda também foram bem
pregados, porque isso é facilmente encontrado em
muitos salões de beleza não tão nobres. Só faltou
clientes com bobs enormes nos cabelos.
Título Original: A Grande Família - O filme
Gênero: Comédia
Duração: 104 min.
Ano: BR - 2006
Distribuidora: Europa Filmes e M.A. Marcondes
Direção: Maurício Farias
Roteiro: Guel Arraes e Claúdio Paiva
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Cena do Filme A GRANDE FAMÍLIA (Foto Divulgação)
FILME:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítica: Keila Vieira
- Fotojornalista, colaboradora e crítica de cinema
- e-mail:
keila.vieira@ig.com.br - Blog: www.talhoseretalhos.blogspot.com
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