All the Invisible Children
CRÍTICA: CRIANÇAS INVISÍVEIS - Sete países,
sete diretores, sete realidades infanto-juvenis
retratadas em histórias curtas, mas, todas com
grande profundidade no que tange o mundo criança dos
respectivos países.
“Crianças invisíveis” com suas realidades próprias,
porém, o grande mérito do trabalho é mostrar de
forma franca e objetiva estes inícios de vidas, nos
emocionamos, choramos e às vezes sorrimos, pois
lembramos de que já fomos crianças, de que um dia já
confiamos com amor e inocência.
As crianças aqui retratadas pertencem a países
distintos entre se, principalmente no que diz
respeito à realidade socioeconômica, mostra também
de forma nua e crua a relação destes personagens com
os seus pais, isto quando tal relação existe.
Eis uma questão pertinente em todas as histórias:
que as famílias como nós conhecemos, em sua maioria,
já se esfacelaram, todos nós sabemos, porém quem são
os pais de hoje? E as crianças, como estas se
relacionam com o mundo atual, tão agressivo, que
afoga crianças e adolescentes num mundo perverso e
consumista, que desde cedo joga uma serie de
escolhas em cima do futuro jovem do mundo...
E mais, como vivem os pequenos, que em uma realidade
miserável, vive a ausência de bens materiais, sem
brinquedos e vídeo game, ou seja, um mundo de
exclusão infanto-juvenil, mundo este que já no
começo é corroído, crianças que vivem a margem das
drogas, armas, pais viciados, malandragem,
consumismo, fazer amigos...
As crianças invisíveis da metrópole, da África do
Sul (Meldy Charef) a Servia-Montenegro (Emir
Kusturica), dos Estados Unidos Spike Lee) ao Brasil
(Kátia Lund), da Inglaterra (Ridley Scott) a Itália
(Stefano Veranuso) e deste a China (Jonh Woo),
histórias distantes uma das outras, mas todas um
retrato fiel às crianças do mundo atual, obra de
grandes personagens e histórias, de seres tão jovens
e tão sofridos, que ainda assim, buscam a alegria
das mais diversas formas, um certo brilho que se
apaga na maioria das vezes, esquecemos de que já
fomos crianças, perdemos a nossa inocência.
Todos estes sentimentos e questionamentos estão no
filme “Crianças invisíveis”, crianças jogadas em um
mundo que se destrói diariamente, que prostitui e
escraviza estas crianças invisíveis, estes
personagens da vida real não fazem parte do plano do
G8 e cia, apenas a macroeconomia importa, enfim, a
pergunta: quando estas crianças tiverem os seus 20
anos, que mundo vão encontrar?
Título Original: All the Invisible Children
Gênero: Drama
Duração: 116 min.
Ano: Itália - 2005
Distribuidora: Paris Filmes
Direção: Mehdi Charef, Kátia Lund, John Woo,
Emir Kusturica, Spike Lee, Jordan Scott, Ridley
Scott e Stefano Veneruso
Cena do
Filme CRIANÇAS INVISÍVEIS (Foto Divulgação)
Filme:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Marcelo
Hailer - Jornalista -
marcelo.hailer@gmail.com
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