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RESENHA CRÍTICA DO FILME "CREPÚSCULO"   
por Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br
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CREPÚSCULO  -  (Foto Divulgação)

CRÍTICA - CREPÚSCULO -  Dificilmente algum autor superara a história de “Romeu e Julieta” escrita por William Shakespeare. Há histórias de amor tão interessantes quanto. Porém o “amor impossível” cunhado pelo autor inglês, serve de inspiração para milhares de roteirista e dramaturgos e autores.
“Crepúsculo”, escrito por Stephenie Meyer foi traduzido para mais de 37 países, vendeu 17 milhões de cópias pelo mundo todo e se tornou um fenômeno adolescente. “Harry Potter” e sua namoradinha mestiça já virou passado.
Bella (Kristen Stewart) e Edward (Robert Pattinson) se apaixonam na primeira vez que se olham. Ela fica instigada pela figura exótica, apática e misteriosa do colega de sala, ele louco para beber o sangue da “Bella” e novata mortal.
Estabelecido o “conflito”, “Crepúsculo” se mostra um filme atraente, sedutor e voyeristico. A possibilidade de um namoro tradicional não é possível. Edward é um vampiro, que se esforça para não precisar de sangue humano. Mas o cheiro de Bella o entorpece e faz com que entre a sedução e o medo de falhar se aproxime da amada.
Em “Crepúsculo”, não há beijos ardentes, cenas quentes de sexo, corpos nus e música pop. No filme o sugerido tem mais espaço do que é mostrado e torna idílica a relação de amor entre Bella e Edward.
Ele não pode tocá-la, pois tem medo de não resistir e “literalmente” sugar o amor que sente por ela. Bella quer ser amada na sua plenitude, nem que para isso precise virar uma imortal como Edward. Quer dar seu sangue como símbolo maior do seu amor.
Em certo momento ela diz querer viver com ele para sempre. Ele responde: uma vida longa e intensa não basta?
Eis ai o grande “segredo” de “Crepúsculo” como evitar a atração que os jovens sentem pelo perigo e para o impossível?
A cena em que assumem um para o outro seus sentimentos é retratada numa floresta e nada mais clichê - e porque não romântico? - que duas pessoas em meio à natureza derretendo-se um para o outro.
“Crepúsculo” seduz, mescla romantismo com imaturidade, estabelece conflitos, trabalha com o imaginário do amor impossível, os atores criam empatia na primeira cena e tirando alguns trechos que de tão improvável soam inverossímeis, dá conta do recado e põem a platéia do cinema para suspirar. O público não se importa que a história seja adolescente, tudo o que quer é um amor inebriante, impulsivo e passional. Depender um do outro como se depende de uma droga ilícita – por exemplo – permeia a cabeça e os desejos de muitos.
Se o amor é uma espécie de droga, “Crepúsculo” é um exemplo – mesmo que prematuro - dos efeitos que ela pode vir a causar. Resgate aquele amor adolescente dentro de ti e se divirta.

Ficha Técnica
Direção: Catherine Hardwicke
Gênero: Romance/Aventura
Duração: 120 min.
Distribuidora: Paris Filmes
Elenco: Kristen Stewart, Robert Pattinson, Taylor Lautner, Michael Welch, Justin Chon, Peter Facinelli, Kellan Lutz, Cam Gigandet, Anna Kendrick.

 
Trailer do filme CREPÚSCULO  

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Crítico: Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br

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