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RESENHA CRÍTICA DO FILME
"CONTROL - A HISTÓRIA DE IAN CURTIS"   
por Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br
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CONTROL - A HISTÓRIA DE IAN CURTIS  -  (Foto Divulgação)

CRÍTICA - CONTROL - A HISTÓRIA DE IAN CURTIS -  Não sou o mais indicado para escrever sobre um filme que retrata uma banda da década de 70, cujo líder e vocalista morreu em 1980, quando eu tinha 4 anos.
Nunca ouvi Joy Division, não que eu associasse a música ao nome da banda. Mas, como aprecio biografias, películas preto e branco e filmes que dialogam – de certa forma - com o gênero documentário – afinal, mesmo ficcional uma história baseada na realidade tem um “quê” de registro “real” dos fatos – encarei ver “Control”, o filme de Anton Corbjin, sobre a morte de Ian Curtis.
A história de Curtis me pegou me cheio. Afeito a personalidades confusas e inquietas que não sabem lidar bem com seus desejos e de certa forma com as pretensas posições/forma/normas que o indivíduo deve tomar na vida. Aproveitei cada minuto das 2 horas de filme.
Retrato poético de uma juventude da década de 70, desiludida e sem perspectiva, ganha contornos mais poéticos e metafóricos com a realidade sem cor e brilho que ofusca os reais problemas que a justificam. Belos enquadramentos – fotos em movimentos - e um roteiro que utiliza o mínimo para narrar à vida do jovem de 24 anos de Manchester que influenciou toda uma geração pós sua morte.
Certa economia para explicar o inexplicável – já que só o próprio poderia dizer o que sentiu/viu e viveu – é o grande trunfo de “Control”. Não sabemos o que tanto Ian vê em Annik (a amante belga) – seria sua independência? – porque se sente tão deslocado e inquieto, porque a mulher e a rotina não lhe são suficiente. E porque “do nada” resolve “parar”. Não creio que tenha sido só a inaptidão para lidar com a sua imaturidade, em escolher entre a mulher e a amante. Os fantasmas de Curtis provavelmente eram mais assustadores e perigosos.
O rapaz rumo ao sucesso, que decide que a fama, a glória e as possíveis mulheres não lhe serão suficientes é muito bem defendido pelo ator Sam Riley.
Epiléptico, infeliz, inquieto, introspectivo, covarde – como atesta duas amigas fãs da banda – e um ar entristecido que cabia muito bem nos poetas românticos, fazem com que “Control – A História de Ian Curtis”, lhe cause na mesma proporção atração e tédio.
Entender porque para Curtis, se enforcar era mais interessante do que enfrentar seus problemas, você não entenderá. O filme de Corbijn nem se presta a tentar “mapear” tais motivos. Traça um retrato singular, simbólico e belo de um desses artistas com curta passagem terrestre, mas que deixa marcas significativas em sua cultura local e nas que o absorvem.

Ficha Técnica
Título Original: Control
Gênero: Drama
Duração: 121 min.
Ano: EUA/Inglaterra 2007
Site Oficial: www.controlthemovie.com
Distribuidora: The Weinstein Company/Daylight Filmes
Direção: Anton Corbijn
Roteiro: Matt Greenhalgh, baseado em livro de Deborah Curtis

 
Trailer do filme CONTROL - A HISTÓRIA DE IAN CURTIS  

 FILME:

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Crítico: Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br

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