Adotei o slogan acima, após
passar três dias ininterruptos, pesquisando e
redigindo um artigo, intitulado "Educação
Bancária, Pedagogia Libertária e a Famosa World
Wide Web." Pelas estatísticas - ao acessar o plesk
do meu domínio "www.cranik.com"
- verifiquei que o
artigo citado, do dia 09/06/07 até 28/07/07, teve
exatamente 7.227 acessos e, destes inúmeros
acessos, ou leitores - se preferir - , apenas duas
pessoas deram seu parecer referente ao artigo,
aliás, não ao conteúdo do artigo, mas sim, aos
erros ortográficos. De 11.254 caracteres (com
espaços) e 9.380 (sem espaços) digitados, errei duas
palavras - na verdade, não foi bem um erro, mas
sim, um esquecimento. - No "world" do título,
digitei rapidamente e faltou o "l", ficando "word"
e, em uma determinada frase do texto, ao invés de
"extinto", escrevi "instinto". O ser humano erra,
esquece, mas não é perdoado. Sou lingüista, tenho
licenciatura plena em inglês, português e
literaturas, mas não citei isso aos "críticos",
pois não valia a pena, só prolongaria a conversa.
Um deles, disse que tinha mais de 30 anos de
jornalismo, apontou o erro do "world", mas não
achou que foi um "esquecimento", mas sim, um erro
mesmo. Disse que o texto estava longo demais e não
entendeu o porquê usei a "Educação Bancária" no
artigo - acredito que ele relacionou algo aos
bancos comerciais, criticou mas não compreendeu o
sentido do artigo, pois deixei claro as idéias de
Paulo Freire. O outro crítico, referente ao
"instinto", disse: "Corrija-se no texto, já que,
nas idéias, vai ser isso mesmo: leigos tratando um
assunto tão vital."
É isso, passei "três dias" pesquisando e redigindo
o artigo, sinto constantemente dores ao redor dos
globos oculares e na cabeça, sei que erro ao
ultrapassar meus limites, passando a maior parte
do dia, tarde e noite, lendo e escrevendo e, em
relação ao artigo "Educação Bancária, Pedagogia
Libertária e a Famosa World Wide Web", parece que
o redigi apenas para receber as duas críticas
negativas e desconstrutivas. Mas nem sempre foi
assim, antes era pior. Lembro-me com perfeição que
em 1998, eu não sabia sequer enviar um e-mail.
Nesta época, era assalariado, perdi meses de
almoço, devorando livros e mais livros sobre
informática, até que, além do e-mail, criei e
aprendi a administrar um site que, cresceu tanto,
que virou um portal, recebendo cerca de doze mil
usuários por dia. Aprendi linguagens e macetes e,
no ano de 2004, fui considerado WebFera pela
Revista W da Editora Europa
(edição nº 47), depois que escrevi em
apenas 25 minutos (pois estava atrasado para o
trabalhado) um artigo, intitulado "Apareça no Google" que depois de alguns meses, foi plagiado
por outra revista do mesmo seguimento - usaram
minhas idéias e minhas palavras, mas não deram meu
crédito, nem sequer citaram meu nome. Reclamei,
claro, então colocaram uma pequeníssima nota com
meus créditos na revista seguinte. - Hoje, pela
parte da manhã, ministro aulas de “LINUX” para
jovens de uma região carente de São Paulo e, nunca
sequer fiz um curso de informática, pois sou
autodidata. Bom, não me lembro da tiragem desta
Revista W, mas acredito que deveria ser em torno
de 50 mil/mês. Referente ao artigo, recebi apenas um e-mail de um
leitor anônimo, dizendo: "Você é um webmaster de
merda." Note como é fácil ler e ter o prazer de
enviar uma mensagem para o autor de um artigo,
"tentando" rebaixá-lo, denegri-lo e
desencorajá-lo. Ninguém disse: "Parabéns senhor
autodidata, nunca fez um curso de informática,
redigiu duas páginas para umas das maiores
revistas de informática do país em apenas 25
minutos e ainda foi considerado como
um dos 12 WebFeras do ano de 2004."
Sempre gostei de ufologia, até que um dia, resolvi
escrever artigos sobre o tema. Um dos primeiros,
foi uma entrevista em inglês com um dos maiores
pesquisadores do mundo sobre o tema "Crânios de
Cristal" que foi tema por diversas vezes no canal
Discovery Channel. O entrevistado era o holandês,
Joshua Shapiro. Pretensioso e tentando dar um
passo maior que a própria perna, mandei o artigo
para a maior revista de ufologia da américa
latina, a
Revista UFO. No dia seguinte, recebi um
e-mail do próprio editor da revista, Adhemar
Gevaerd, dizendo que publicaria a entrevista na
próxima edição impressa da revista. O artigo
realmente saiu em Dezembro de 2004, na Revista UFO
nº 105, com o título: "Joshua Shapiro e os Crânios
de Cristal" (veja o artigo, também publicado no
site da revista, no link -
www.ufo.com.br/index.php?arquivo=notComp.php&id=1123
). Depois deste primeiro artigo para a Revista
UFO, escrevi dezenas de outros e, em 2006, fui
convidado pelo jornalista Roberto Cabrini da Band,
para um programa especial no Jornal da Noite,
sobre a famosa "Área 51". Fui entrevistado por 15
minutos, fiquei cara a cara com Roberto Cabrini -
a produção me ligou às 18h 30 para a entrevista e
no mesmo dia, às 21h, já estava sendo entrevistado
pelo jornalista. Bom, a repercussão da entrevista
foi apenas um e-mail, a pessoa disse: "Se prepare
mais da próxima vez que for em uma entrevista na
TV, poderia tê-la aproveitado melhor." - Neste
momento, relendo o que acabei de redigir, não
preciso ser um autodidata para perceber que uma
grande porcentagem dos seres
humanos, ou brasileiros (veja bem, não estou generalizando), não gostam de elogiar,
nem de sorrir, nem de agradecer, mas sim, de
usarem suas armas, as que estiverem ao seu alcance
e, no meu caso, usaram as palavras e o versado
senhor e-mail. Mas não pense que
fiquei revoltado com as críticas desconstrutivas,
fiquei feliz, pois estão servindo para o insight
da minha vida, aliás, agradeço, pois me tornei
mais persistente.
Acredito que pessoas assim, como eu, sejam vencedoras,
pois sempre que
curto algo e começo a pesquisar sobre o
assunto, redijo um artigo e logo depois, é
publicado em algum jornal, site ou revista, isso
quando não sou convidado para uma entrevista em
alguma rádio ou outro canal de comunicação. Hoje,
me dedico mais para a crítica cinematográfica e
para o meu livro, que estou concluindo. Escrevo artigos para dezenas de sites e criei um
projeto, intitulado "Vá ao cinema", destinado a
levar pessoas de baixa-renda gratuitamente às
salas de exibições de todo o país - no total já
foram mais de cinco mil e quinhentas pessoas
beneficiadas.
Um dia, me deparei com um artigo do dramaturgo
"Gerald Thomas", no site "Direto da Redação". Ele
dizia no artigo, que iria parar de escrever para a
mídia, pois estava cansado de tantos e-mails
ofensivos tentando denegri-lo. Identifiquei-me com
aquele artigo e mandei um e-mail para o dramaturgo
contando um pouco da minha semelhante história. Hoje,
trocamos e-mails regularmente e tive o prazer de
entrevistá-lo (veja entrevista no link:
www.cranik.com/entrevista66.html ). - Desta
vez mudou um pouco, alguns amigos enviaram e-mails
construtivos (três amigos).
Será que todos que lutam por
algo, todos que escancaram suas idéias para o
mundo, todos que
são corajosos e construtivos, são duramente e desconstrutivamente criticados e menosprezados?
Comece a olhar ao seu redor, não seja um robô do
sistema. Diga bom dia para os seus familiares,
para o porteiro, para o manobrista, para o
engraxate, para a velhinha que vende doces no
ponto de ônibus e para o jornaleiro. Ao chegar em
casa, não reclame, pois você tem uma casa para
morar, tem sua família, tem uma esposa lhe
esperando para o jantar, tem uma TV e uma poltrona
para relaxar, tem um bom livro para ler e uma cama
confortável para dormir. Se você tem poucos
amigos, comece a sorrir freqüentemente e a dizer
bom dia, boa tarde, boa noite e obrigado. Pode ter
certeza que seus amigos serão numerosos.
Reclame menos e seja mais perceptível com as
coisas da vida.
Bom, você deve estar se perguntando por que
escrevi no título deste artigo "CINEMA,
INFORMÁTICA, UFOLOGIA, LULA, TAM, CONCONHAS E
ERROS ORTOGRÁFICOS." Não citei o "Lula", porque
não quero perder o meu tempo, não citei a "TAM" e
nem "Conconhas", porque já estou cansado de ler
artigos sobre o assunto e quero respeitar as
famílias das vítimas e descontrair você, caro
leitor, pois notei que já estão falando muito e,
alguns canais de TV, já estão se aproveitando do
tema para ganharem audiência. CHEGA.
Um bom dia, uma boa tarde ou
uma boa noite pra você.
Crítico:
Ademir Pascale
Cardoso é crítico de cinema, ativista
cultural, editor e criador do portal Cranik
www.cranik.com e do projeto de inclusão social
e cultural "Vá ao cinema!". Contatos para matérias
em Jornais, Sites ou Revistas, e-mail: ademir@cranik.com
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