RESENHA CRÍTICA DO FILME "CANTANDO NA CHUVA"
por Alexandre
Naval - Técnico Cinematográfico e Crítico de Cinema
sgtalexandre94@hotmail.com
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Donald O’
Connor,Debbie Reynolds e Gene Kelly em Cantando na Chuva (Foto Divulgação)
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CANTANDO NA CHUVA
Aos amantes do
cinema e aqueles que
algum dia pretendem
trabalhar na área, não
podem deixar de ver o
clássico mundialmente
conhecido, Cantando na
Chuva (52). Eleito um dos
dez melhores da história
do cinema americano.
Despretensioso no início,
nem mesmo seus diretores
Gene Kelly / Stanley Donen e o mega produtor
de musicais da Metro
Arthur Freed, saberiam
que este filme se
tornaria o clássico que é
hoje.
Em 1927, o mundo do
cinema está passando por
uma transição do cinema
mudo para o falado.
Hollywood está um
verdadeiro rebuliço. O
cinema que até então
tinha em sua essência a
representação muda,
apenas com legendas e
pianistas ao fundo, teve
que se adequar
urgentemente a essa nova
tendência do mercado
cinematográfico. Não foi
nada fácil, muitos
profissionais perderam
seus trabalhos, houve
suicídios e boicotes, um
deles feito pelo mestre
Charles Chaplin.
Don Lockood (Gene Kelly)
e Lina Lamont (Jean Hagen),
o casal mais querido do
cinema mudo, prepara-se
para rodar um musical.
Mas infelizmente Lina não
só não sabe cantar, como
tem uma voz horrível. A
estreante Kathy Selden (Debbie
Reynolds) é chamada a
emprestar sua voz à
estrela Lina, que aqui se
torna uma espécie de
vilã, com medo que seu
lugar seja ocupado pela
estreante. As gravações
são uma confusão, mas
tudo piora quando Don se
apaixona pela doce Kathy.
Ao lado de seu
inseparável amigo e
excelente dançarino, o
compositor Cosmo Brown
(Donald O’ Connor), ele
tenta mostrar ao mundo o
talento de Kathy. O filme
tem seqüências musicais
inesquecíveis, não
podemos esquecer de
Donald O’
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Donald O’ Connor e Gene
Kelly em Cantando na
Chuva.
Connor que neste musical
proporciona momentos
eternos, um deles é a
seqüência em que ele
acaba estirado no chão.
Em alguns momentos é
notória a sua
desenvoltura, o seu jeito
alegre de cantar e
representar, chegando a
sufocar um pouco a
apresentação de Kelly.
Faltaram um pouco mais de
“holofotes” para ele.
Gene Kelly, logo vem à
memória a maravilhosa
seqüência na rua, em
frente à casa de Kathy.
Quando ele se despede
dela com um beijo, ela
fecha a porta, ele vira
para rua, “neste exato
momento parece que os
deuses do cinema o
abençoam”. Inicia-se a
celebre seqüência do
musical cantando na
chuva. A expressão de
felicidade e a
naturalidade com que ele
parece flutuar pela rua
são notáveis. A trilha
sonora segue as batidas
do personagem, seja com
os pés nas poças de água
ou com o guarda-chuva de
baixo das goteiras das
casas. Toda esta
seqüência noturna foi
rodada em estúdio, não
ficando nada a dever aos
filmes atuais. A jovem de
apenas dezoito anos
Debbie Reynolds, “ganhou
na loteria”, este foi seu
primeiro trabalho para as
telas de cinema, que
posteriormente viria a
ser um sucesso. O filme
tem a participação
especial da estonteante
Cyd Charisse, que mais
tarde faria o filme
Dançando nas Nuvens (55),
com Kelly.
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Gene Kelly, entra para
sempre na história dos
musicais de cinema (Foto
Divulgação)
A estonteante Cyd
Charisse e Gene Kelly –
Filme Cantando na Chuva
(Foto Divulgação)
Arthur freed, este com
certeza o maior
responsável pela produção
do filme Cantando na
Chuva (52). O mais
importante produtor de
musicais. Na Metro,
comandava a maior
concentração de talentos
de sua época, dando
liberdade criativa a
gente como Vincente
Minnelli, Charles Wlaters,
Gene Kelly, Stanley Donen,
Fred Astaire, Judy
Garland a quem protegeu
até quando pode. Ela
seria mais tarde
despedida da Metro, por
problemas oriundo de seu
vício com drogas. Ex-ator
de vaudeville
(apresentação
itinerante), também é
compositor, todas as
músicas de Cantando na
Chuva são suas.
A seqüência em que Kathy,
por trás da cortina do
teatro canta, enquanto
Lina representa a frente,
mostra a “criação” da
dublagem. Um dos recursos
desenvolvidos, graças à
procura de soluções para
se adaptarem a nova
transição do cinema mudo
para o falado. Outros
inventos surgiram
procurando suprir os
problemas oriundos desta
transição. Hoje graças às
tecnologias através dos
tempos, podemos nos
deliciar com as grandes
produções de som de
altíssima realidade e
qualidade.
Título Original: “SINGIN
IN THE RAIN”.
Gênero: MUSICAL
Duração: 118 MIN.
Ano: EUA
Um filme de : METRO – GODWYN – MAYER (MGM)
Direção: Gene Kelly /
Stanley Donen
Roteiro: ADOLPH GREEN E
BETTY COMDEN
Produzido por: ARTHUR FREED
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Cartaz ilustrativo do filme Cantando na Chuva – 1952 (Foto Divulgação)
Prêmios: Golden Globe
Award de melhor ator
cômico (Donald O’ Connor).
Indicação para o Oscar de
melhor atriz coadjuvante
(Jean Hagen) e trilha
sonora.
Filme:
Crítico: Alexandre Naval - Técnico
Cinematográfico e Crítico de Cinema -
sgtalexandre94@hotmail.com
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