RESENHA CRÍTICA DO FILME "BROKEBACK
MOUNTAIN"
por Junior de Barros -
Jornalista - e-mail:
junior_barros@imtv.com.br
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Brokeback Mountain
- (Europa Filmes)
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MINIATURAS COLECIONÁVEIS
Direção: Ang Lee
CRÍTICA:
Brokeback Mountain - O filme de Ang Lee atraiu
inúmeras pessoas para as salas de cinema, por outro
lado assistir é uma coisa, aceitar aquilo como uma
verdade da sociedade hoje é outra bem diferente.
Cutucaram a homofobia da sociedade. Podemos estar
falando dessa forma, graças ao extremo sucesso do
Filme Brokeback Mountain.
Comentários correm por diversas partes do mundo,
nunca que um filme conseguiu despertar tanto
interesse de alguns e indiretamente revolta de
outros, o romance de um casal de homens em plenos
anos 60 no norte dos Estados Unidos, está
conseguindo mostrar para o mundo que a
homossexualidade não é um fosso de promiscuidade e
pouca vergonha que todos pensam ou imaginam.
Reconheço que muitos temas já foram explorados
frente ao filme e o tema por ele abordado, tanto que
alguns julgam que esse ano é o Ano do Oscar Gay,
porém, para não chover no molhado de todas as
revistas, irei abordar um foco diferenciado, não
tentado provar que esse é o melhor filme do ano por
ter levado cinco estrelas da Veja São Paulo (vejinha),
ou por estar concorrendo a oito estatuetas do Oscar,
abordo frente a vocês o romance de Annie Proulx,
vencedora do Prêmio Pulitzer, um filme de 2 horas
adaptado de um conto de 60 páginas que já se
encontra hoje em várias livrarias de São Paulo.
Dizer que a homofobia não existe, pelo menos frente
á imprensa ou que o Brasil hoje é um país bem melhor
frente ao desenvolvimento cultural e sexual da
sociedade é considerada um mentira bem contata.
Prova disso são os olhares de desgosto expressões de
desprezo, ou até mesmo risadas e comentários do tipo
“O filme é suspeito” quando as pessoas de vêem de
frente ao cartaz do filme ou são indicados por
alguém para assistir o mesmo, foi publicado em uma
revista semanal informativa, que no Rio de Janeiro,
os cariocas apelidaram o filme de “Chapada dos
Veadeiros”, já nos Estados Unidos o cartaz original
foi excluído e substituído por outro onde é visto o
casal cada um com a sua respectiva família e esposa,
conforme ditas as regras da sociedade americana, já
em São Paulo, algumas redes de Cinemas pequenas
adotaram um método criativo, anexaram junto ao
cartaz do filme um outro cartaz com as frases”
assista primeiro e julgue depois”!
Enfim esse é apenas um reflexo da sociedade que
muitos pensavam estar madura e pronta para encarar
novos conceitos e formas de expressão, agora só nos
resta esperar para vermos o amadurecimento da massa,
para que não se abalem simplesmente por causa de um
filme de censura de 16 anos, onde é mostrado o
trágico amor de dois homens que se amam e agüentam e
sufocam seus sentimentos por 20 anos, por medo de
uma inaceitação da sociedade.
Como no Brasil nem ouve ainda o 1º beijo entre dois
homens na televisão brasileira, fica muito claro,
que inúmeros não estão prontos para Queer as Folk e
suas conseqüências, é difícil enxergar o mundo dos
homossexuais longe dos estereótipos como “Priscila:
A Rainha do Deserto”, “Para Wong Fu Obrigada por
Tudo Julie Nilmar”, filmes que retratam de certa
forma um nicho existente de um grande contexto que é
o mundo homossexual hoje, interessante é que a massa
não forma opinião frente á “Meninos não choram”,
“Brokeback Mountain”, “Philadelfia”, “A Sete
Palmos”, onde conceitos não estereotipados
sobrevivem.
*Prêmio Pulitzer – O Prêmio foi criado pela
universidade de Jornalismo de Columbia, anualmente
são aproximadamente 2 mil trabalhos inscritos em 21
categorias que são avaliados por 102 jurados.
Direção: Ang Lee
Gênero: Drama
Duração: 134 min.
Ano: (EUA) 2005
Distribuidora: Europa Filmes
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Cena do Filme
Brokeback Mountain (Foto Divulgação)
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Crítico: Junior de
Barros - Jornalista - e-mail:
junior_barros@imtv.com.br
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