COMPARE PREÇOS
CESTAS E ARRANJOS NOTEBOOKS PERSONAGENS

CAPACETE D. VADER

RELÓGIOS

Procure sua resenha crítica, filmografia ou sinopse pelo nome inicial do filme,  ator ou atriz

( #-A-B-C-D-E-F-G-H-I-J-K-L-M-N-O-P-Q-R-S-T-U-V-W-X-Y-Z )

 

RESENHA CRÍTICA DO FILME "BOA NOITE E BOA SORTE" 
por Willians Fausto Silva - williansfausto@yahoo.com.br
Clique Aqui e conheça a Equipe Cranik

BOA NOITE E  BOA SORTE (FILME BOA NOITE E BOA SORTE)
BOA NOITE E  BOA SORTE - (Foto divulgação)

LIVROS SOBRE CINEMA - CAMISETAS DE FILMES - MINIATURAS COLECIONÁVEIS

Direção: George Clooney

CRÍTICA - BOA NOITE E BOA SORTE - George Clooney surpreende ao evitar gôndolas da indústria cultural. No início dos anos cinqüenta o senador republicano Joseph McCarthy foi encarregado de presidir a Comissão de Atividades Antiamericanas do Senado. Tinha a responsabilidade de identificar e punir todos aqueles que, em território norte-americano, flertassem com o comunismo. Para tornar efetiva sua “caça as bruxas” McCarthy lançou mão de um aparato eficaz persuasão. A indústria cultural.

Ele não inovou ao recorrer a jornais, rádios televisões e produtoras de cinema para dar foro de verdade ao que falava. Já durante a década de quarenta, o governo americano utilizou a indústria cultural para declarar guerra ao povo japonês. Saíram dos estúdios de Hollywood e das redações uma leva produtos que associavam o Japão a um território de selvagens. Na boca dos heróis dos filmes da época os japoneses eram “macacos amarelos”.

Terminada a segunda Guerra o foco muda. Os japoneses cedem a vez aos soviéticos. No lugar do amarelo selvagem aparece o russo sem coração, frio e malvado. O estigma perdura por quase cinqüenta anos, até o inimigo vermelho tombar. Quem não se lembra do grandalhão russo com dentes de ferro que aterrorizava o britânico James Bond e colocava o mundo em risco.

Os latino-americanos surgiram na cena cultural durante a década de 90. Apareceu nas telas dos cinemas o traficante colombiano, de cabelo comprido e enrolado, preso com uma faixa, que planta coca com a conivência do governo e desvirtua a garoto obeso norte-americano.

Desde setembro de 2001 o estereótipo latino-americano perdeu forças. Frente ao muçulmano endoidecido, fanático religioso, ele representa uma ameaça menor. Com apoio de Bush - assim como McCarthy fez durante a suposta a ameaça comunista - a industria cultural dos EUA despejou uma série de produções que atribuem o ódio, a raiva e o fanatismo como características do povo muçulmano. Um dos grandes sucessos desta série de produções foi quarta temporada da série 24 horas. O herói Jack Bauer precisou suar muito para impedir que o fanático Habib Marwan tomasse o acervo nuclear dos EUA e acabasse com o american way of life.

Tanto no caso dos japoneses e russos, como nos latinos e árabes, o que há de comum nessas constantes mudanças é a pretensão de que particularidades de um povo sejam mostradas como única possibilidade civilizada de existência. Para que todo o mundo se sujeite à pequena fatia que vive nas redondezas de Washington vale usar Hollywood e toda industrial cultural para fazer que estigmas ganhem status de verdade.

Algumas poucas iniciativas, dentro e fora da industria cultural, arriscam seguir na contramão. Em 1952, época em que o movimento pela defesa dos direitos civis e o movimento feminista fervilhavam nos EUA, o jornalista Edward R. Murrow resolveu enfrentar Joseph McCarthy e provar as arbitrariedades que o senador cometia na elaboração de sua lista de caça aos comunistas.

O filme Boa noite e boa sorte, de George Clooney, conta à incursão de Murrow, dentro da rede de TV CBS, para comprovar as arbitrariedades do período que ficou conhecido como mccarthismo. O filme mostra um dos raros momentos em que o discurso uníssono da industrial cultural desafina e outras vezes apareceram para dialogar.

A opção por utilizar imagens de arquivo de McCarthy, no lugar da um ator para interpretar o senador reforça a opção de Clooney para exibir a dramaturgia por trás do discurso político. A semelhança entre as falas do senador de 1954, que quer livrar o povo americano da ameaça vermelha, com a retórica de palanque de Bush para defender o EUA da ameaça muçulmana aparecem sutilmente no filme, sem que para isso Clooney tenha que apelar para o planfletarismo.

O segundo longa do George Clooney surpreende pela capacidade de fazer passado e presente dialogarem e por seguir na contramão das produções de Hollywood. Além disso, é uma tentativa de interromper a continuidade do ciclo que faz com que japoneses, soviéticos, latino-americanos e, desde 11 de setembro, o povo muçulmano figure como vilão nas gôndolas da industria cultural.

Gênero: Drama
Tempo de Duração: 93 min.
Ano de Lançamento: 2005 (EUA)
Direção: George Clooney
Roteiro: George Clooney, baseado no roteiro de Grant Heslov

LIVROS SOBRE CINEMA - GAMES ONLINE - CAMISETAS DE FILMES - CONCURSOS

Filme:

Ótimo: 
Bom:   
Regular:

Crítico: Willians Fausto Silva - Jornalista - williansfausto@yahoo.com.br  

Filme Fora de Rumo Indique este filme para um amigo!

BuscaPé, líder em comparação de preços na América Latina

 

 


© Cranik - FILME BOA NOITE E BOA SORTE