RESENHA CRÍTICA "BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE
ANDRÓIDES"
por Luis Pires -
Jornalista e Crítico de Cinema
e-mail:
lpires@uol.com.br
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BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES
- (Foto
Divulgação)
BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES
BLADE RUNNER - O CAÇADOR DE ANDRÓIDES - Blade
Runner é um daqueles filmes que mudou a história do
cinema. Até antes de sua estréia, na década de 80, a
crítica cinematográfica costumava enxergar a ficção
científica como um gênero menor, no qual sobravam
efeitos especiais mas faltavam boas atuações e bons
roteiros. Depois de Blade Runner, tudo seria
diferente. O filme ganhou status de “cult” e
diversos outros vieram em sua esteira, aprimorando o
gênero.
Baseada na obra Do Androids Dream of Electric Sheep?,
de Philip K. Dick, a trama é ambientada na Los
Angeles do ano 2019, quando uma grande corporação
desenvolve andróides para serem utilizados como
escravos na exploração e colonização de outros
planetas. Numa colônia localizada fora da Terra,
alguns desses robôs acabam por se rebelar e, por
conta disso, passam a ser considerados ilegais,
sendo exterminados. Cinco deles, porém, conseguem
escapar e chegam a Los Angeles. Para caçá-los, as
autoridades convocam Deckard (Harrison Ford), um
ex-policial que pertenceu ao grupo de elite chamado
Blade Runner, responsável pelo extermínio de
replicantes, como são chamados esses andróides.
O filme teve direção de Ridley Scott, que anos antes
havia dirigido Alien, o Oitavo Passageiro, sucesso
de crítica e de público. Scott, porém, estourou o
orçamento, o que fez com que os produtores
assumissem a edição final, cortando cenas e
acrescentando uma narração em off que desagradou ao
diretor. Essa versão estreou nos cinemas em 1982,
recebendo duas indicações ao Oscar®: Efeitos
Especiais e Direção de Arte, essa primorosamente
inspirada nos filmes noir dos anos 50 e no clássico
do expressionismo alemão Metropolis, de Fritz Lang.
Mesmo obtendo críticas favoráveis, porém, Blade
Runner não alcançou sucesso de público, arrecadando
apenas US$ 26,2 milhões, numa época em que as
bilheterias já batiam a casa dos US$ 100 milhões.
Cena do filme "Blade Runner - O Caçador de
Andróides" - Foto Divulgação.
Dez anos depois, o diretor decidiu rever sua obra e
montou uma nova versão, na qual cortou a narração em
off e alterou o final, declarando ser a que mais se
aproximou da sua concepção original do filme, que
voltou a ser exibido nos cinemas por mais uma
temporada. Essa chamada “versão do diretor” poderá
ser novamente conferida a partir do dia 23 de
novembro, quando será lançada no mercado nacional,
em DVD, pela Warner Home Vídeo.
Vale a pena conferir a emocionante história desses
replicantes que, em sua semelhança com o ser humano,
apenas desejavam o mesmo que todos nós: um tempo
maior de vida sobre a Terra. Destaque ainda para as
atuações de Harrison Ford (no auge de seu vigor
físico), no papel do blade runner Deckard, e Rutger
Hauer, como o líder dos replicantes, na melhor
atuação de sua carreira. Completam o elenco Sean
Young, Edward James Olmos e Daryl Hannah.
PS: Acabo de ler nos jornais que nessa semana, no
Simpósio de Tecnologia Core, realizado no Japão, a
Universidade de Osaka apresentou à comunidade
científica uma andróide programada para imitar o
comportamento humano. São os tempos de Blade Runner
mais próximos do que imaginamos.
FICHA TÉCNICA
Blade Runner – O Caçador de Andróides –
Versão do Diretor (Blade Runner – EUA – 1982 – 116
min)
Direção: Ridley Scott
Roteiro: Hampton Francher e David Webb Peoples,
baseado no livro de Philip K. Dick
Fotografia: Jordan Cronenweth
Direção de Arte: David L. Snyder
Distribuição: Columbia TriStar/Warner Bros.
Música: Vangelis
Elenco: Harrison Ford (Deckard), Hutger Hauer (Roy
Batty), Sean Young (Raquel), Edward James Olmos (Gaff),
Daryl Hannah (Pris)
Cena do filme "Blade Runner - O Caçador de
Andróides" - Foto Divulgação.
Crítico: Luis Pires - Jornalista e Crítico de Cinema -
e-mail:
lpires@uol.com.br -blog:
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