RESENHA CRÍTICA DO
FILME "UM
BEIJO A MAIS"
por Vinicius Vieira -
vvinicius@hotmail.com
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UM BEIJO A MAIS - (Foto Divulgação)
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UM BEIJO A MAIS
CRÍTICA - UM BEIJO A MAIS:
Sentada em uma casa de
árvore, Kim, (Rachel Bilson, debutando no cinema
depois da Summer de “O.C.”), comenta que “o mundo
esta se movendo tão rápido, nós estamos a procura
das coisas tão rápido que estamos começando a entrar
em crise muito antes que nossos pais entraram”, e
após mostrar para Michael (Zack Braff) como seu
coração está batendo rápido, completa que é “por que
nós não paramos mais, nem para respirar”.
Essa cena não só resume o filme “Um Beijo A Mais”,
como também retrata toda uma geração que tenta
abraçar, e por que não conquistar, o mundo a
qualquer custo antes de chegar aos 30, e que quanto
mais vai chegando perto dessas três dezenas de
velinhas sobre o bolo, acaba descobrindo que aquela
criança com dez anos, que imaginava sua imagem vinte
anos depois, estava errada.
E é exatamente essas dúvidas que movem os
personagens do filme, Michael esta chegando aos
trinta e acaba de descobrir que sua namorada (Jaccinda
Barret) está grávida, é nesse momento que ele olha
para o futuro e não vê mais surpresas, até que no
casamento de um amigo conhece Kim, dez anos mais
nova, e acaba descobrindo um novo caminho que pode
ser seguido.
Com essa sinopse, o filme só não cai no marasmo do
clichê por que não se prende nesse suposto triangulo
amoroso, todo mundo a volta do personagem de Braff
acaba tendo que se deparar com seus demônios
internos, e suas dúvidas existenciais, desde os três
grandes amigos do personagem principal até seus
sogros, passam por crises que por si só dariam um
filme cada um, mas que aqui servem como pano de
fundo para a história, é como se a cada momento você
desse de cara com uma história diferente.
Isso só se mostra possível graças a incrível
habilidade por trás do roteiro de Paul Haggis (que
depois de “Crash” parece escrever um filme por dia,
“Menina de Ouro”, “A Conquista da Honra”, “Cartas de
Iwo Jima” e “Cassino Royale”). Adaptado de uma
produção italiana de 2001 (ganhadora do premio de
audiência em Sundance e lançado por aqui como “O
Último Beijo”), o roteirista consegue fazer os
personagens se tornarem tão reais, com problemas,
preocupações e dúvidas tão comuns a todos que é
fácil você entender todas as suas motivações, e
acaba compartilhando suas ânsias e medos, tudo isso
carregado de diálogos afiados, com um certo humor
que não te distrai do tema maior, mas que deixa o
filme leve e facílimo de se ver.
E seja talvez graças a esse roteiro que o filme é
recheado de ótimas atuações principalmente Jack
Braff, que mostra mais uma vez que consegue andar
entre o humor e o drama muito bem, sem cair em
armadilhas, criando um personagem totalmente crível,
Braff é um daqueles atores que consegue fazer seus
personagens falarem sem abrir a boca, do mesmo jeito
que o britânico Tom Wilkinson (seu sogro no filme),
que é um mestre nessa área, dominando as cenas em
que aparece sem aparentemente fazer nenhum esforço.
“Um Beijo a Mais” ganha o público quando se
apresenta como um drama que trata de um assunto
comum (todo mundo vai passar, está passando ou já
passou por esses tipos de crise) sem se tornar
pragmático, deixando espaço para qualquer um
enxergá-lo de um jeito, mas com apenas uma certeza,
a de que ele vai te fazer pensar um pouco mais a
respeito das decisões de sua vida.
Título Original: The Last Kiss
Gênero: Drama
Duração: 115 min.
Ano: EUA - 2006
Distribuidoras: DreamWorks SKG/Paramount
Pictures/UIP
Direção: Tony Goldwyn
Roteiro: Paul Haggis, baseado em roteiro de
Gabriele Muccino
Site Oficial:
www.lastkissmovie.com
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Crítico: Vinicius
Vieira - Jornalista -
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