RESENHA
CRÍTICA DO FILME
"BABEL"
por Rodolfo Lima -
Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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BABEL
- (Foto Divulgação)
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BABEL
CRÍTICA - BABEL
-
“Eu não sou má, eu só cometi uma idiotice”. A fala
da personagem Amélia, talvez sintetize o que o novo
filme de Alejandro González Iñárritu nos mostra.
Estamos há mercê do acaso, sujeitos há erros que
reverta todo os nossos sonhos e objetivos.
Diferente de “21 gramas”, onde o discurso
verborrágico, contestava Deus e as nossas ações
permissíveis por ele. Babel não culpa ninguém
diretamente. Ou seja, “não dá nome aos bois”,
simplesmente porque não há a quem culpar, há não ser
nós mesmos. O resultado é uma visão decadente,
pessimista e desastrosa da globalização, que além de
segregar, massacra.
E não importa se você mora nos EUA, em Marrocos, no
Japão ou no México - O simples fato de você ser uma
“marionete” solta na vida, faz com que se iguale a
qualquer ser humano.
Cate Blanchett, Brad Pitt e Gael García Bernal,
encabeçam um elenco que ganha força com as atuações
do garoto marroquino, da adolescente japonesa e a
babá mexicana (Adriana Bazarra) reais protagonistas
de uma história onde não existem concessões e nem finais
felizes.
Pitt e Blanchett, são um casal em crise a passeio
por Marrocos. Alvos de uma bala perdida e dá
intolerância do homem - Seja política ou moral. Todos
nós temos medo - Todos nós queremos nos salvar. Uma
população marroquina serve como exemplo dos rótulos
impostos a toda uma civilização.
Os dois garotos marroquinos que brincam com uma arma
e a garota surda, que enfrenta problemas na
juventude, traçam um paralelo da juventude atual:
armas, drogas, baixa-estima, ociosidade e
impulsividade. É de perder a respiração o impacto da
última cena de um dos garotos.
A babá mexicana de crianças americanas surge como
uma anti-heroína, que quebra regras e paga caro por
isso. Impedida de ir ao casamento do filho –
justamente pela bala perdida que atingiu a patroa -
Amélia decide cruzar a fronteira (EUA/México) com os
filhos dos patrões. Lembra da novela América? Há
tempos não se via uma atriz chorar tão comovidamente
no cinema. Adriana Bazarra – como a babá - é
impagável.
Com uma narrativa não linear, chocando e mesclando
culturas e intercalando as histórias de uma maneira
ágil (apesar dos seus 142 minutos), Iñárritú nos
proporciona cinema de pura qualidade. Digo isso
porque a veracidade com que a história nos é
retratada faz com que o filme se torne atemporal.
“Amores Brutos”, “21 gramas” e “Babel”, os filmes da
dupla Alejandro González Iñárritu e Guillermo
Arriaga – roteirista - são imprescindíveis para se
entender o mundo atual, as questões que afligem o
homem moderno e as conseqüências que acumulamos na
vida.
Merecidamente, ganhou o prêmio de melhor diretor em
Cannes e caso concorra ao Oscar® de melhor Filme
estrangeiro (já que mistura várias línguas), não
haverá “cinemas”, “urubus” e nem “aspirinas” que dê
jeito. De longe um dos melhores filmes do ano.
Título Original: Babel
Gênero: Drama
Duração: 142 min.
Ano: EUA - 2006
Distribuidora: Paramount Vantage/UIP
Direção: Alejandro González Iñarritu
Roteiro: Guillermo Arriaga
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Cena do Filme "BABEL" (Foto
Divulgação)
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Crítico: Rodolfo Lima
- Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail:
dicaspravaler@yahoo.com.br
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