RESENHA CRÍTICA DO FILME "ÁRIDO MOVIE"
por Marcelo Hailer -
marcelo.hailer@gmail.com
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ÁRIDO MOVIE - (Europa Filmes / M.A. Marcondes)
LIVROS SOBRE CINEMA
- CAMISETAS DE FILMES -
MINIATURAS COLECIONÁVEIS
Direção: Lírio Ferreira
CRÍTICA: ÁRIDO MOVIE - Recife não tem apenas
despontado como foco de inovação musical, pois, foi
de lá que surgiu o movimento Mangue Beat, que gerou
Chico Science – que já nos deixou -, a Nação Zumbi,
Mundo Livre S/A, Otto etc. É no cinema também, que
mostra a sua força, criatividade e ousadia.
Ousado. Não há palavra melhor para definir esta obra
lisérgica que é “Árido Movie”, dirigido por Lírio
Ferreira. O lisérgico aqui é no sentido positivo da
palavra, em expandir a mente e suscitar idéias em
nossa mente, a lisergia está na história e no
desenvolvimento da mesma, os diálogos são excelentes
e profundos.
O ponto de partida é a morte do pai, Lazaro (Paulo
César Pereiro), de Jonas (Guilherme Weber) , que
vive em uma longínqua cidade do Recife, Jonas não vê
o pai e a cidade há vinte e cinco anos. Mas todos os
vêem diariamente, pois este é jornalista do tempo em
um famoso telejornal. Agora há de retornar para
velar o corpo de quem o gerou. Estes são os cinco
minutos iniciais da obra.
A partir daí é estrada e aridez, como o próprio
título da película indica, o tom laranja e as
paisagens bucólicas tomam conta do enredo. E é nessa
caminhada que Jonas começa a entrar em conflitos
existenciais do tipo, se sentir um personagem de
ficção dentro de sua própria história, como se a
cidade de seu pai ou o próprio nunca tivessem
existido.
Antes de pegar a estrada, Jonas vai ao Recife,
reencontra amigos da faculdade e a mãe (Renata
Sorrah). Os amigos de Jonas são personagens a
partes, um trio de figuras, destaque para o
personagem de Selton Mello, figuraça, em uma das
cenas mais inusitadas, ele nos dar uma aula de com
se bolar um baseado. É hilário.
Na estrada para a cidadezinha, nosso personagem
encontra Soledad (Giulia Gam), que está fazendo um
documentário sobre focos religiosos da região e o
objetivo mor da documentarista é gravar uma
entrevista com o Sr. Meu Velho, uma espécie de
messias da região, interpretado por ninguém menos
que Zé Celso Martinez, sim, ele mesmo, o mestre do
Teatro Arena de São Paulo.
Bom, não vou contar mais nada, mas antes de
finalizar, destaque para a trilha sonora do filme,
produzida por Otto, que além de assinar a produção
musical incluiu canções próprias, que casaram
perfeitamente com o clima e a fotografia do filme. A
paisagem natural em si, já é uma fotografia
alucinante para os nossos olhos.
Desconcertante né? Mas é todo esse enredo complexo,
denso, com varias personagens e histórias que dá o
tom do filme, quem já viu Amarelo Manga, de Cláudio
Assis, sabe do que falo. Mas vá assistir esse
excelente filme, tudo de alguma maneira se encaixa,
mesmo que seja de forma contundente e alucinógena.
Gênero: Drama
Duração: 115 min.
Ano: Brasil - 2006
Distribuição: Europa Filmes / M.A. Marcondes
Direção: Lírio Ferreira
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Cena do
Filme ÁRIDO MOVIE (Foto Divulgação)
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Crítico: Marcelo
Hailer - Jornalista -
marcelo.hailer@gmail.com
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