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RESENHA CRÍTICA DO FILME "A PROCURA DE ERIC"   
por Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema -
e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br
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A PROCURA DE ERIC  -  (Foto Divulgação)

CRÍTICA - A PROCURA DE ERIC -  Filmes com a temática do futebol para um leigo no esporte como eu, são torturantes e enfadonhos. Sou incapaz de saber o que é um “tiro de meta”, uma “falta”, ou quando um gol é anulado, pois o jogador x estava na área do y e blá blá blá. Reconheço o pênalti na área do gol, mais pela trave e pela violência e/ou ignorância do jogador do que pelo passe em si.
Pois bem, sentei para ver “A Procura de Eric” e surpreso fui sendo cativado pelo jogador idealizado pelo protagonista. No filme de Ken Loach o jogador Eric Cantona – ex jogador do Manchester United, aqui no papel dele mesmo – é uma espécie de entidade, um semi-deus que aconselha e conversa com seu fã, o tal Eric do título.
Eric (Steve Efets) é um carteiro apático, que vê sua vida ruindo aos poucos. Enteados que não dialogam com ele, a saudade da ex-mulher que o consome aos poucos e um emprego tedioso e mecânico. Seu amigo, com quem ele dialoga e o “pôster” do jogador. A graça justamente se faz presente quando o jogador virá uma espécie de amigo imaginário. Incentivando, apoiando e estimulando o carteiro a ir resolvendo ou experimentar tentar, resolver seus problemas.
Loach retrata aqui um homem comum sendo corroído por uma vida descolorida, numa terra inóspita e sem chances de um recomeço. O filme com toques de auto-ajuda daqueles com mensagens moralistas e óbvias tem toques de humor, e a própria inaptidão de Eric para transformar seu dia-a-dia faz com que o filme ganhe em apatia e verossimilhança.
Eric é como “nós”: um perdido - ás vezes - com um corpo amadurecido e com as conseqüências da vivência, escravos do trabalho rotineiro, sentimental, mais recluso, sonhador, porém incapaz de assumir tais devaneios.
Paralelo a esse homem mortal. O jogador assume a papel do imaginário coletivo. Aquele lugar ocupado por nossos ídolos, que supomos sempre ser o salvador da pátria, nosso (anti) herói. O único capaz de nos mostrar que é possível mudar.
Obviamente nem todo ídolo se materializa na nossa frente. O filme “brinca” com essa possibilidade e revela um mundo mítico onde coloca um astro em outro status. Não é simplesmente um cara famoso, rico e “perfeito” que vemos em revistas e jornais e TVs. São “pessoas” capazes de estimular nossa imaginação e servir de exemplos para que se ouse alçar o melhor.
“A Procura de Eric” não tem o “peso” de retrata às questões sociais nos filmes de Loach, mas não deixa de retratar o mundo contemporâneo com mais leveza e humor.

Título original: Looking for Eric
Gênero: Drama
Duração: 01 h 56 min.
Ano: 2009
distribuidora: Icon Film Distribution / Califórnia Filmes
Direção: Ken Loach
Roteiro:Paul Laverty

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Crítico: Rodolfo Lima - Jornalista, ator e crítico de cinema - e-mail: dicaspravaler@yahoo.com.br

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