RESENHA CRÍTICA DO FILME "A LULA E A BALEIA"
por
Alberto Pereira Jr. -
alberto.psj@terra.com.br
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A LULA E A BALEIA (Columbia Pictures)
Direção: Noah Baumbach
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CRÍTICA:
A LULA E A BALEIA- O ponto crucial que rege A Lua
e A Baleia (The Squid and the Whale), em cartaz nos
cinemas brasileiros, é o conflito. Conflito que
envolve a história de uma família, mas também e,
fundamentalmente, narra a história da construção de
um caráter.
Bernard e Joan Berkman, vividos respectivamente por
Jeff Daniels e Laura Linney (ambos em atuações
excelentes), resolvem que vão se separar. Foram
dezessete anos de uma união que ao que tudo indica
sobreviveu aos trancos e barrancos. Um casamento
marcado pela ausência, silêncio, traição e
egocentrismo. Ele professor universitário e escritor
que há anos não consegue vender um livro para alguma
editora. Ela, pelo contrário, em franca ascensão em
sua carreira literária.
E é aí que a história encontra seu plano dramático,
na forma que essa separação vai repercutir nos dois
filhos do casal: Walt (Jesse Eisenberg) e Frank (Owen
Kline).
Walt, verdadeiro protagonista da história, é um
adolescente inebriado pelo conhecimento intelectual
de seu pai, convencido desde sempre que um homem
deve conhecer as grandes obras da literatura e do
cinema mundial. É, sobretudo, um chato que cita
obras de grandes autores, sem nunca ter lido,
indeciso quanto ao rumo que sua vida deve tomar, que
vive a sombra de seu pai.
O caçula Frank tenta agradar aos pais (em especial a
mãe) sempre que tem oportunidade, desenvolvendo
comportamentos reprováveis em decorrência do
divórcio.
Dirigido e escrito por Noah Baumbach, A Lula e a
Baleia – indicado ao Oscar 2006 de Melhor Roteiro
Original – é entre outras coisas uma narrativa
autobiográfica.
Diretor e Walt são uma única pessoa, o conflito é o
mesmo: a busca por uma identidade própria. A
personagem atravessa todo o filme contraponto
situações e definindo sua moral. Plagiador da música
“Hey You” do Pink Floyd, jovem preocupado com seu
futuro, marionete paterno, vítima de seu ego são
fragmentos de uma personalidade que culmina, por
meio do desfecho milimétrico da película, num
arremate primoroso.
A metáfora ganha corpo e a cena da luta entre os
dois animais evocados no título do filme desnorteia
o público ao suspender o resultado desse embate para
o plano da vida real.
Gênero: Comédia
Duração: 81 min.
Ano: EUA - 2005
Distribuição: Samuel Goldwyn Films LLC /
Columbia Pictures
Direção: Noah Baumbach
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Cena do Filme
A LULA E A BALEIA (Foto Divulgação)
Filme:
Ótimo:
Bom:
Regular:
Crítico: Alberto
Pereira da Silva Júnior - Jornalista -
alberto.psj@terra.com.br
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